Nome que se dá a um grupo de inúmeras doenças diferentes e que têm em comum a inflamação da parede dos vasos sanguíneos, a vasculite, quando não tratada, pode levar a complicações graves.
No casos relacionados a essa patologia, é grande a possibilidade de comprometimento da circulação do sangue, afetando órgãos vitais, como coração e rins.
Considerada uma doença rara – no Brasil atinge menos de 150 mil pessoas por ano –, a vasculite costuma afetar com maior frequência pacientes portadores de doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, ou que estão em tratamento para cânceres hematológicos, como linfoma e leucemia.
Veja a seguir quais são os sintomas para cada classificação desta doença e qual o tratamento mais indicado.
Vasculite é como é chamado um grupo de doenças diferentes que se caracterizam pela inflamação da parede dos vasos sanguíneos.
Como consequência do processo inflamatório, as paredes de artérias ou veias de pequeno, médio ou grande calibre se tornam mais grossas e atraem células do sistema de defesa do organismo que se acumulam no interior do vaso.
Com a inflamação e a consequente redução do espaço de passagem do sangue, o fluxo sanguíneo é comprometido, podendo resultar em danos nos órgãos e tecidos, como a formação de aneurismas ou hemorragias, afetando qualquer sistema do organismo humano.
Por ser bastante variada, a vasculite é classificada conforme as suas causas e sintomas. Veja:
As inflamações primárias são aquelas em que a vasculite é a doença principal, ou seja, não é consequência de outra condição subjacente, podendo assim aparecer em pessoas saudáveis, sem histórico de doenças.
Elas são consideradas doenças autoimunes, pois ocorrem quando o sistema imunológico ataca erroneamente os vasos sanguíneos e causa inflamação.
As inflamações primárias são classificadas conforme o tamanho do vaso sanguíneo que é acometido, sendo divididas em vasculite isolada, que ocorre em apenas um órgão ou tecido (sistema nervoso central, pele, olhos e etc) e vasculite sistêmica, que afeta de maneira simultânea ou em sequência vários órgãos ou sistemas (central e digestivo).
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a lista de vasculites sistêmicas inclui:
As inflamações secundárias da vasculite surgem quando a inflamação dos vasos sanguíneos está associada a uma outra doença ou fator externo.
Nesses casos, a vasculite surge como um efeito colateral, uma complicação de uma condição subjacente, como:
Os sintomas da vasculite variam conforme o tipo da doença, os vasos afetados e os órgãos comprometidos.
No entanto, alguns sinais gerais podem indicar a inflamação dos vasos sanguíneos e da resposta do sistema imunológico, semelhante aos provocados pela maioria dos quadros inflamatórios.
Com a evolução da doença, sintomas específicos aparecem. Na pele, por exemplo, surgem manchas roxas, nódulos dolorosos, feridas (úlceras) que não cicatrizam e manchas vermelhas nas pernas.
Também são atacados órgãos vitais do sistema respiratório e circulatório, no caso os pulmões, com falta de ar e tosse com sangue (hemoptise), e o coração, onde o paciente sente dor no peito (semelhante a angina) e insuficiência cardíaca.
Entram ainda no pacote dos sintomas da vasculite o sistema nervoso (formigamento ou dormência, fraqueza muscular e acidente vascular cerebral em casos graves), os rins (sangue na urina, pressão alta e insuficiência renal) e o sistema digestivo (dor abdominal intensa, sangramento gastrointestinal e diarreia ou fezes com sangue).
Apesar de não ter cura, a vasculite primária e seus sintomas podem entrar em estabilização, o que oferece ao paciente uma vida perfeitamente tranquila após o diagnóstico.
É possível conseguir o desaparecimento ou a diminuição significativa por longos períodos com o tratamento adequado, que visa a redução da inflamação do vaso sanguíneo com medicamentos como corticosteroides e imunossupressores.
Já no caso da vasculite secundária, é preciso tratar a condição associada que está causando o problema. Se a causa é a infecção por um vírus, por exemplo, o médico direciona as estratégias para um tratamento viral.
Nos casos mais graves, em que os órgão são afetados, há a necessidade de internação hospitalar e até mesmo cirurgia para o restabelecimento do fluxo de sangue no vaso afetado, com revascularização, reparação ou colocação de um enxerto, remoção do tecido afetado para evitar infecções, ou em casos extremos, transplante de rim ou de pulmão.
A prática de exercícios físicos, o repouso adequado, a alimentação saudável e o controle dos níveis de estresse têm se mostrado importantes aliados ao tratamento com medicamentos.
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