Sensação de estar com as pernas cansadas, varizes salientes visíveis na pele e úlceras dolorosas nos membros inferiores são apenas alguns dos sintomas de quem sofre de insuficiência venosa crônica (IVC), uma condição em que as veias, principalmente das pernas, não conseguem fazer o sangue retornar adequadamente ao coração.
Segundo dados do relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), a IVC é um estágio avançado da doença venosa crônica (DVC).
“A úlcera venosa (UV) é uma ferida profunda na pele que pode acometer pessoas de diferentes faixas etárias. Além disso, pode afetar a qualidade de vida do paciente devido à necessidade de visitas clínicas ambulatoriais para trocas de curativos, dor crônica e odor desagradável devido à transpiração da lesão”, relata o dossiê.
Continue a leitura e entenda quais são as causas mais comuns, sintomas e o tratamento ideal para interromper o avanço da insuficiência venosa.
Distúrbio no qual as veias apresentam dificuldade para transportar o sangue de volta ao coração, em especial as que estão localizadas na região dos membros inferiores, a insuficiência venosa crônica acontece por um enfraquecimento ou danos nas válvulas das veias, que são responsáveis por impedir o refluxo do sangue.
Como o sangue das pernas precisa subir contra a gravidade para retornar ao coração, as veias contam com válvulas unidirecionais que, com a ajuda da contração muscular, empurram o sangue para cima.
Quando essas válvulas falham, o sangue volta e se acumula nas pernas e pés, o que causa pressão nas veias e, por consequência, manifestam-se as reações da insuficiência venosa.
Entre os sintomas mais frequentes da IVC estão:
A insuficiência venosa é causada, em grande parte, por fatores que comprometem o bom funcionamento das veias e de suas válvulas.
As circunstâncias mais comuns que comprometem essa condição diretamente relacionada à saúde vascular são as seguintes:
Pessoas com familiares próximos (pais, avós, irmãos) com varizes ou trombose têm maior risco de desenvolver insuficiência venosa.
Obviamente, a herança genética não pode ser modificada, mas os cuidados devem começar cedo. Desse modo, observar os sinais desde jovem e adotar hábitos saudáveis pode retardar ou evitar a progressão do problema.
Com o envelhecimento, as veias perdem elasticidade e as válvulas venosas podem se deteriorar. Por isso, a partir dos 40 anos, é importante monitorar sinais nas pernas, especialmente se houver histórico familiar.
As mulheres são mais afetadas por essa condição, especialmente por causa de variações hormonais como menstruação, gravidez, uso de anticoncepcionais e reposição hormonal.
Durante a gestação, o volume de sangue no corpo aumenta, e o útero pressiona as veias da pelve, dificultando o retorno venoso das pernas.
Assim, é comum gestantes notarem em fases mais avançadas da gravidez o surgimento de varizes ou piora das que já existiam.
O aparecimento de veias dilatadas e tortuosas, em tom azulado, indicam que o sangue não está fluindo corretamente nos membros inferiores.
Como as varizes são um sinal de que a circulação está comprometida, ignorar ou adiar o tratamento pode levar à piora da insuficiência venosa.
A falta de atividade física reduz o bombeamento natural dos músculos das pernas, que ajudam o sangue a subir de volta ao coração.
Desse modo, ficar muito tempo sentado ou deitado sem movimentar as pernas, em um cotidiano sedentário, contribui para o acúmulo de sangue nas veias.
Mesmo caminhadas curtas e alongamentos diários já fazem a diferença, melhorando a circulação sanguínea.
A obesidade é um fator de risco tanto para insuficiência venosa quanto para trombose, já que o excesso de peso aumenta a pressão sobre as veias das pernas, dificultando o retorno venoso.
Por isso, manter um peso saudável por meio de atividades físicas e alimentação balanceada é essencial para a saúde vascular.
O cigarro prejudica a circulação, danifica as paredes dos vasos sanguíneos e aumenta o risco de trombose, causando sérios riscos à saúde vascular.
Profissionais que ficam longos períodos na mesma posição (em pé ou sentado), como cabeleireiro, caixa de supermercado ou motorista, também são potenciais pacientes de doenças venosas, uma vez que a imobilidade é um hábito que dificulta o retorno do sangue, levando posteriormente à dilatação das veias e ao enfraquecimento das válvulas.
Apesar de não ter uma cura definitiva, a insuficiência venosa pode ser controlada e tratada para minimizar os sintomas e evitar complicações, e quanto mais cedo o diagnóstico, melhor.
Dependendo do caso, o tratamento pode variar de mudanças no estilo de vida a procedimentos cirúrgicos ou endovasculares.
Veja a seguir as maneiras mais comuns de combater a IVC:
Não aderir ao tratamento ou negligenciar os problemas que a insuficiência venosa pode gerar, são atitudes extremamente perigosas, com risco de complicações mais graves para a saúde.
A insuficiência venosa pode aumentar o risco de trombose venosa profunda (TVP), especialmente em casos mais avançados ou quando o paciente permanece muito tempo imobilizado.
Entre as consequências estão a formação de coágulos que podem se deslocar para os pulmões, resultando em embolia pulmonar, uma condição grave e potencialmente fatal. Caso isso aconteça, há a necessidade de internação e uso prolongado de anticoagulantes.
O extenso período sem o acompanhamento médico também pode provocar a sobrecarga do sistema circulatório, dado que se o sangue não retorna ao coração de maneira eficiente, o sistema cardiovascular precisa trabalhar mais para manter o equilíbrio da circulação.
Alguns dos desdobramentos disso são o cansaço excessivo, a piora em doenças cardiovasculares preexistentes e o maior esforço do coração, com sérios riscos do agravamento de quadros clínicos.
Se você sente cansaço frequente nas pernas, percebe veias dilatadas ou mesmo feridas que não cicatrizam na região do tornozelo, isso pode ser sintoma de insuficiência venosa. Agende uma consulta com o Dr. Fábio Rocha, cirurgião vascular e angiologista. Para marcar uma avaliação especializada clique aqui.
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