A hipertensão renovascular é um tipo de pressão alta causada pelo estreitamento ou obstrução parcial/completa das artérias renais, responsáveis por levar sangue aos rins.
O estreitamento reduz o fluxo de sangue para os rins, estimulando a produção de renina, hormônio que contribui para o aumento da pressão arterial.
O resultado é uma das principais causas de hipertensão secundária, que pode evoluir para insuficiência renal e doenças cardiovasculares graves.
A hipertensão renovascular costuma ser silenciosa, sem sintomas específicos. Em alguns casos, pode-se ouvir um sopro abdominal (som audível durante o exame físico), mas isso ocorre em menos de 50% dos pacientes. Os principais sinais de alerta são:
O diagnóstico começa com exames de imagem não invasivos, como ultrassonografia com Doppler, angiografia por ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC).
A angiografia renal é o exame definitivo, indicada quando há forte suspeita clínica e os exames iniciais são inconclusivos ou sugerem lesão passível de intervenção.
O tratamento da hipertensão renovascular tem o objetivo principal controlar a pressão alta e preservar a saúde dos rins. O primeiro passo é o uso de medicamentos para baixar a pressão arterial, como os que são usados para tratar hipertensão em geral (por exemplo, diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores dos canais de cálcio e betabloqueadores).
Além disso, é fundamental cuidar de outros fatores de risco, como diabetes e colesterol alto.
Quando os medicamentos isoladamente não controlam a pressão ou quando há risco de perda da função dos rins, o médico pode indicar procedimentos para desobstruir a artéria renal. O mais comum é a angioplastia, procedimento minimamente invasivo para abrir a passagem do sangue na artéria. Em alguns casos, um stent (uma pequena malha metálica) é colocado para manter a artéria aberta por mais tempo.
A angioplastia com balão costuma ser indicada para pessoas com displasia fibromuscular, enquanto a angioplastia com stent é mais usada quando o problema é causado por placas de gordura (aterosclerose).
Em situações mais graves, quando os outros tratamentos não funcionam, pode ser necessária uma cirurgia para redirecionar o fluxo de sangue ao redor da artéria bloqueada.
Todo o tratamento para hipertensão renovascular deve ser individualizado, com ponto de partida nos medicamentos e, se necessário, avançando para procedimentos cirúrgicos, sempre buscando a melhor forma de controlar a pressão e proteger os rins.
Sem tratamento, o risco de complicações é semelhante ao da hipertensão primária não controlada, incluindo insuficiência renal crônica e eventos cardiovasculares.
O controle rigoroso da pressão e o tratamento adequado da causa subjacente são essenciais para melhorar a qualidade de vida do paciente.
A hipertensão renovascular é uma condição potencialmente reversível, mas requer diagnóstico preciso e abordagem individualizada para evitar complicações graves.
Se você desconfia de algo diferente no seu corpo, procure um especialista. Um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença para a sua saúde e qualidade de vida.
O Dr. Fábio Rocha, cirurgião vascular e angiologista, oferece atendimento acolhedor, atento e personalizado, com foco no bem-estar integral. Adepto da slow medicine, ele oferece um atendimento humanizado e altamente especializado, focado no nas necessidades individuais de cada paciente.
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