A aparição de feridas na pele é um sinal de alerta de que algo não está bem. Muitas vezes, o nosso corpo se comporta como uma máquina e quando há um peça quebrada, o sistema envia um alerta para que o problema seja reparado.
No caso das feridas crônicas, a maioria ocorre nos membros inferiores, principalmente nos pés e na canela.
Geralmente, são dolorosas e de difícil cicatrização, com grande parte sendo causada por problemas de circulação sanguínea.
Entender sobre as causas dessas feridas é fundamental para saber o momento certo de buscar ajuda médica, principalmente se elas estiverem persistindo por mais de 10 dias.
Hoje, eu vou explicar no blog sobre três doenças que você deve ficar de olho caso perceba o aparecimento de feridas: úlcera venosa, úlcera arterial e erisipela.
A úlcera venosa é caracterizada pela dificuldade de retorno do sangue ao coração, ficando acumulado na perna. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa condição afeta cerca de 1% da população mundial.
Essa situação provoca o aparecimento de feridas, com o escurecimento da pele e endurecimento das veias. Além disso, há uma sensação de inchaço, coceira e aumento da temperatura na região atingida.
A doença é frequente principalmente em pessoas com mais de 50 anos e costuma atingir as partes abaixo do joelho.
Entre os principais fatores risco da úlcera venosa, podemos destacar:
O mais importante no tratamento é lidar com a causa da ferida. Dependendo do caso, é necessário intervenção cirúrgica no paciente. O tipo de procedimento leva em conta o local da ferida, a quantidade de secreção e em que fase a úlcera se encontra.
Além do tratamento, algumas medidas devem ser adotadas pelos pacientes de imediato. Uma delas é permanecer o máximo de tempo possível com as pernas elevadas para facilitar a drenagem do sangue.
Outras ações envolvem a utilização de meias de compressão elástica e a realização de exercícios físicos.
Eu já falei em outro texto sobre medidas que ajudam a evitar a má circulação. Vale a pena conferir!
A úlcera arterial também está relacionada a problemas de circulação sanguínea. No entanto, esse tipo de úlcera é causado por obstrução nas artérias, que diminuem ou interrompem a passagem do sangue. Além disso, as feridas são mais profundas do que nos casos de úlcera venosa.
A doença tem como característica a dor intensa, vermelhidão nos locais das feridas, inchaço e endurecimento da pele. A dor costuma piorar quando o paciente eleva as pernas ou quando está frio.
Para prevenir as úlceras, o paciente deve evitar ficar sentado ou em pé na mesma posição por muito tempo, manter uma dieta balanceada, praticar exercícios físicos e ingerir bastante água.
Alguns fatores que provocam a úlcera arterial são semelhantes ao da úlcera venosa, como o tabagismo e o consumo de álcool. A arteriosclerose também é frequentemente apontada como causadora da doença.
Eu separei algumas possíveis causas que o paciente deve se atentar:
O tratamento da úlcera arterial costuma ser semelhante ao da úlcera venosa, podendo ser feito com antibióticos, limpeza das feridas e intervenção cirúrgica.
A angioplastia é um dos procedimentos mais comuns neste tipo de caso, onde é colocado um stent que ajuda a manter a artéria aberta, evitando que ela feche novamente.
É importante ressaltar que o diagnóstico é uma etapa essencial para a recuperação do paciente, pois quanto mais rápido for feito, maiores são as chances de cura.
Se não for tratada corretamente, a úlcera pode causar deformações no local das feridas e em casos extremos pode levar à amputação do membro.
Ao contrário das úlceras, a erisipela é causada por uma infecção superficial da pele nos membros inferiores. Ela ocorre quando há um arranhão ou ferida no qual a bactéria estreptococo beta-hemolítico se instala na pele, com envolvimento dos vasos linfáticos.
Os primeiros sintomas são febre alta, fraqueza, mal-estar, náuseas e vômitos. As feridas podem se apresentar como uma vermelhidão, provocando dor ou inchaço, ou até como bolhas. Geralmente, surgem na parte superior do tornozelo.
A doença pode ser prevenida através de cuidados higiênicos entre os dedos e em locais com algum tipo de ferimento aberto. Recomendo também o uso da meia elástica, que favorece no combate ao inchaço das pernas.
Os principais fatores de risco da erisipela são:
Supervisionado pelo médico, o tratamento da erisipela envolve o uso de antibióticos para erradicar a infecção e reduzir o inchaço nas pernas. Nas fases iniciais também pode ser recomendado o repouso com as pernas elevadas.
Quando o paciente é tratado logo no início, as complicações não são tão graves. Porém, com o passar do tempo, as feridas podem ficar mais profundas e progredir para trombose de veias.
A sequela mais comum é o linfedema, que é o inchaço persistente que deixa a pele endurecida, resultante dos surtos repetidos de erisipela.
A avaliação médica é fundamental para investigar a causa de uma doença e consequentemente definir o tratamento mais adequado.
Se você percebeu o surgimento de feridas nos membros inferiores, agende uma consulta comigo.
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