O ultrassom doppler vascular é um exame muito pedido por angiologistas e cirurgiões vasculares. Feito com aparelho de ultrassom, ele serve para verificar o fluxo sanguíneo em veias, artérias e vasos.
Realizado de forma rápida, o doppler é capaz de diagnosticar problemas que possam precisar de algum tipo de intervenção.
Neste texto, você vai entender o que é o exame, como é feito, qual o preparo necessário e em quais diagnósticos ele ajuda.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), o ultrassom doppler vascular é feito com um aparelho de ultrassonografia, sem necessidade de exposição do paciente à radiação (raio-X), por isso pode ser feito por gestantes. Ele é um exame não invasivo, sem punções, injeções ou uso de contraste, além de ser indolor.
O exame serve para avaliar o fluxo sanguíneo em veias e artérias dos braços, pernas, pescoço e abdômen, ajudando assim no diagnóstico de diversas doenças vasculares como tromboses e varizes.
Em geral é um exame que dura cerca de 30 minutos e é comumente pedido antes de intervenções cirúrgicas, podendo ser repetido quantas vezes forem necessárias.
O doppler mostra variações na anatomia das veias, além de pontos de início e final de refluxo, o que indica com precisão as partes que devem ser abordadas na cirurgia e tornando o tratamento muito mais eficiente e preciso.
O ultrassom doppler vascular é capaz de ajudar em vários diagnósticos. Confira alguns:
O ultrassom doppler de pernas e braços serve para identificar a formação de coágulos nas veias ou artérias.
Os coágulos podem se desprender e ir em direção aos pulmões, causando o que se conhece por embolia pulmonar.
O exame ajuda a monitorar esses coágulos e serve de guia para o cirurgião vascular de qual intervenção médica deverá ser feita. Em casos graves podem aparecer sintomas como inchaços, feridas e alteração na cor da pele dos braços e pernas.
Quando há suspeita de diminuição no fluxo de sangue para os intestinos grosso e delgado (isquemia mesentérica), o médico pede o ultrassom doppler das artérias viscerais.
Essa diminuição sanguínea pode ser causada por alguma trombose ou embolia e provocar dores abdominais incomuns no paciente. Perda de peso e diarreia também sugerem isquemia mesentérica.
Se o médico suspeitar de algum tipo de distúrbio vascular no fígado, seja causado por hipertensão na veia porta ou por algum tipo de trombose ou tumor, ele pode pedir oultrassom doppler vascular.
O exame ajuda a verificar o fluxo sanguíneo não só na veia porta, mas também na veia cava inferior, artéria hepática e supra-hepática.
Ao realizar o ultrassom doppler de veia cava inferior, o médico verifica a presença de coágulos que podem causar trombose.
De acordo com a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, uma em cada quatro pessoas no mundo morre devido às condições causadas pela trombose.
Segundo a SBACV , “as carótidas são artérias que levam sangue rico em oxigênio e nutrientes para o cérebro. Cada indivíduo tem duas artérias carótidas, que se localizam uma de cada lado na região anterior do pescoço. Além delas, outras duas importantes artérias na parte posterior do pescoço também irrigam o cérebro: as vertebrais”.
O ultrassom doppler de carótidas e vertebrais identifica alterações importantes e servem como guia para tratamento de doenças importantes.
Neste caso, o ultrassom doppler é indicado para avaliar o fluxo sanguíneo e também a dilatação da aorta e artéria ilíaca que podem estar com algum tipo de obstrução. É utilizado também para avaliar próteses endovasculares e stents além de verificar o estreitamento de vasos nos rins.
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