Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), as gestantes têm de 5 a 6 vezes mais chances de desenvolver trombose do que as mulheres que não estão no período gestacional. No pós-parto, o número pode ser 5 vezes maior.
Se não tratado a tempo e de forma correta, a SBACV diz que o caso pode se desenvolver para uma embolia pulmonar, doença que representa cerca de 10% das mortes de mulheres após o parto.
Neste texto, vou mostrar como prevenir a doença e, caso ela apareça, como é feito o tratamento.
Durante a gestação, o corpo da mulher se transforma e alguns hormônios têm níveis elevados. Entre eles: progesterona, estrogênio, gonadotrofina coriônica humana (hCG) e o hormônio lactogênio placentário (hPL).
Esses hormônios são importantes para a gestação, mas deixam as veias mais volumosas, e por isso, podem provocar inchaço, cansaço, dor com sensação de peso, vasinhos e veias aparentes (varicosas ou não), além da sensação de queimação nas pernas.
Durante o puerpério, que é o período de 6 a 8 semanas após o parto, o risco de desenvolver trombos (coágulos) aumenta.
Ser fumante, ter mais de 35 anos, estar fora do peso ideal e ser negra também são considerados fatores de risco para desenvolvimento de trombose.
De modo geral, pode-se dizer que as grávidas apresentam o maior risco de trombose, porque o organismo aumenta a produção de substâncias que provocam a coagulação. Isso para que não aconteça muita perda de sangue durante o parto.
Fazer o acompanhamento médico é muito importante, porque nos meses finais da gravidez o fluxo de sangue nas pernas é diminuído, uma vez que o bebê pressiona os vasos ao redor da pélvis.
O primeiro passo é fazer o acompanhamento com um angiologista e cirurgião vascular. Relate ao médico os sintomas do dia a dia. Dessa forma, ele será capaz de fazer um diagnóstico mais preciso.
Também mantenha hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada e boa hidratação do organismo.
Exercícios físicos com intensidade leve à moderada, feitos com regularidade, movimentando as panturrilhas são indicados para a gestante ou para a mulher que está no puerpério.
Evitar ficar muito tempo na mesma posição (sentada ou de pé) e não fumar também ajudam a manter a saúde vascular.
É recomendável ainda, durante a gestação, a mulher deixar as pernas elevadas por cerca de 20 a 30 minutos diariamente.
Em alguns casos, o tratamento é feito com medicamentos específicos para gestantes ou mulheres que estão no puerpério, mesmo as que amamentam.
A medicação deve ser prescrita por um cirurgião vascular, visto que nem todo medicamento pode ser utilizado por mulheres grávidas.
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