Muitos pacientes costumam confundir o quadro de flebite com o quadro de trombose. Apesar de estarem relacionadas à saúde vascular, os termos representam situações diferentes.
Enquanto a trombose está associada aos vasos sanguíneos venosos profundos, a flebite e a tromboflebite se relacionam aos superficiais.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, o país conta com uma média de 165 internações diárias por quadros de trombose. Já em relação à flebite, os órgãos especializados não possuem estatísticas sobre a porcentagem da população afetada por essa condição.
Continue a leitura para entender mais sobre as diferenças entre as duas doenças .
Flebite é o nome que se dá a um tipo de inflamação que acomete a parede das veias superficiais dos membros inferiores e superiores. A condição se manifesta nos membros superiores principalmente após punções para coleta de sangue e acesso venoso.
O processo inflamatório pode ocasionar a formação de pequenos coágulos sanguíneos, conhecidos como trombos. Eles são provocados pelo acúmulo de plaquetas no local da lesão e dificultam o fluxo do sangue na direção adequada.
Basicamente, a flebite é uma inflamação nas paredes das veias, em que não há formação de coágulos. Já na tromboflebite, a inflamação favorece a aderência de plaquetas e a formação de trombos, em uma veia superficial da pele.
Os principais fatores de risco para a tromboflebite são as varizes e o acesso venoso para infundir soro ou medicamentos. No caso das varizes, como a veia superficial encontra-se dilatada, o sangue progride de uma maneira mais lenta, gerando o risco de formação de um coágulo.
Em relação aos acessos venosos, a própria punção já representa uma agressão ao vaso, o que pode desencadear o processo da tromboflebite.
Outros fatores de risco são:
– anormalidades na coagulação do sangue;
– câncer;
– gestação;
– histórico de flebite superficial;
– tabagismo;
– sedentarismo;
– longos períodos de imobilidade.
Quando os casos não são assintomáticos, os principais indícios da tromboflebite envolvem cordão endurecido no trajeto da veia, sensibilidade ao toque, aumento local da temperatura e vermelhidão ao redor da veia acometida.
As complicações da tromboflebite superficial são raras, sendo a queixa mais importante, a dor local.
A trombose ou trombose venosa profunda (TVP) é caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo numa veia profunda, com maior concentração de sangue, o que acaba bloqueando parcialmente ou totalmente o fluxo de sangue no vaso.
Apesar de poder ser identificada em qualquer região do corpo, a trombose é comumente observada nos membros inferiores.
Apesar de não ser possível apontar uma causa específica, qualquer coisa que reduza o fluxo de sangue nas veias profundas pode agravar o risco. Entre os principais fatores, podem-se citar:
– trombofilia (condição em que o sangue tem “facilidade” de coagulação);
– imobilidade prolongada;
– tabagismo associado ao uso de anticoncepcionais;
– varizes;
– sedentarismo;
– trauma vascular (lesão direta no vaso sanguíneo);
Entre as principais medidas de prevenção estão: interromper o tabagismo, prática de atividade física regular, movimentar-se com pequenas caminhadas durante viagens prolongadas, vestir meias elásticas quando indicadas pelo vascular e ter uma alimentação balanceada e controlar o peso corporal.
Em caso de antecedente familiar de trombose, é necessário investigar a presença de trombofilia.
Assim como a tromboflebite, a trombose pode ser assintomática em alguns casos.
No entanto, alguns sinais envolvem inchaço nas pernas, dor, aumento da temperatura nas região inchada, vermelhidão e endurecimento da pele e pode provocar a embolia pulmonar. Essa condição pode ser fatal para o paciente.
Ambos os casos possuem seus respectivos tratamentos, que devem ser indicados por um profissional vascular, de acordo com cada situação.
Em caso de sintomas relacionados à flebite ou à trombose, o paciente deve procurar ajuda médica imediatamente.
A realização de exames preventivos também ajudam a identificar casos assintomáticos para que o tratamento seja realizado logo no início.
Especialista em angiologia e cirurgia vascular, Fábio Rocha é formado em Medicina na USP. Agende aqui uma consulta em Ribeirão Preto-SP.
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