Quais são as complicações do linfedema e como preveni-las

O linfedema ocorre quando há um acúmulo anormal de líquido linfático que causa inchaço crônico nos braços ou pernas. O organismo fica mais vulnerável a essa condição após cirurgias, câncer ou alterações congênitas.

Além do inchaço, outros sintomas são a sensação de peso no local afetado, pele endurecida, redução da mobilidade, desconforto ou dor leve e mudanças na espessura da pele.

O linfedema pode ser classificado como primário ou secundário. O primeiro ocorre quando o paciente já nasce com a condição. O segundo, tipo mais comum, é desenvolvido ao longo da vida quando o sistema linfático sofre algum tipo de dano, bloqueio ou sobrecarga.

O que muitos pacientes não sabem é que ele pode ter complicações. Para explicar quais são os problemas derivados do linfedema, o blog do Dr. Fábio Rocha preparou um conteúdo que se aprofunda em seus detalhes, como causas e formas de prevenção. Confira!

Quais são as possíveis complicações do linfedema?

O linfedema afeta o sistema linfático e é prejudicial para os mecanismos de defesa do organismo. Desta forma, as complicações mais comuns são infecções e fibrose cutânea.

Para entender como combatê-las, é preciso saber o que é cada uma delas e como identificá-las.

Erisipela

A erisipela é uma infecção causada por bactérias que penetram na pele por meio de lesões, rachaduras, micoses ou picadas de inseto.

Vermelhidão intensa, dor local, febre alta e sensação de calor na região afetada são alguns dos sintomas que podem aparecer.

Quando combinada ao linfedema e não tratada adequadamente, pode agravar o inchaço e levar a complicações como a necrose da pele ou a formação de abscessos.

Celulite

Não se trata da mesma celulite de quando se fala em estética, mas sim de uma infecção bacteriana que ocorre nas camadas mais profundas da pele.

Alguns indícios da infecção são a vermelhidão difusa, menos localizada que a erisipela, sensibilidade ao toque, dor local e febre moderada.

É uma condição que pode se espalhar rapidamente e dificulta ainda mais a drenagem linfática, demandando atendimento especializado para o tratamento.

Linfangite

A fragilidade do sistema linfático causada pelo linfedema ainda pode favorecer o surgimento da linfangite, uma inflamação aguda dos vasos linfáticos causada por bactérias.

Nesse caso, se formam linhas avermelhadas que se estendem pela pele e o paciente sente dor intensa e pulsante, febre alta e mal-estar.

Já que essa infecção afeta a mesma estrutura do organismo que o linfedema, o quadro pode se agravar caso não haja tratamento.

Fibrose cutânea

A repetição de infecções e o processo inflamatório prolongado do linfedema podem causar a fibrose cutânea, que leva à formação do tecido fibroso.

Isso causa o endurecimento e espessamento da pele, a perda de elasticidade e mobilidade, o aumento do risco de feridas e úlceras e aumenta a dificuldade da drenagem linfática.

Se não for cuidada, a fibrose pode comprometer a eficácia do tratamento do linfedema, além de causar dores crônicas e desconforto.

Como prevenir as complicações do linfedema?

Apesar de ser crônico, o linfedema pode ser controlado para reduzir os sintomas e evitar complicações. O tratamento envolve uma rotina de cuidados específicos, principalmente em relação à pele e ao monitoramento dos sintomas.

Confira as principais formas de prevenção a seguir:

• Manter a pele sempre limpa, hidratada e sem lesões;
• Cuidar diariamente da higiene, especialmente em regiões com atrito;
• Tratar infecções precocemente;
• Usar meias ou mangas compressivas quando indicado;
• Realizar a drenagem linfática manual com um profissional capacitado;
• Adotar um estilo de vida saudável;
• Manter-se em dia com as consultas de rotina.

O destaque entre as maneiras de prevenir as complicações do linfedema é o acompanhamento médico especializado. Com um cirurgião vascular, é possível ter um diagnóstico precoce e preciso, o que torna o tratamento mais efetivo e simples.

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