Insuficiência Venosa Crônica (IVC) pode até soar um nome assustador, mas com paciência e as informações certas, separadas pelo blog do Dr. Fábio Rocha, vai ser mais fácil compreender tudo sobre essa condição.
Os livros de medicina mais tradicionais definem a doença como um enfraquecimento da função venosa das pernas. Ela ocorre quando há um dano nas veias das pernas que tornam a distribuição do fluxo sanguíneo mais difícil, dificultando o retorno do sangue das pernas para o coração.
A IVC pode ser tratada, mas o diagnóstico e tratamento clínico é essencial nesses casos. No nosso país, a ocorrência de doenças vasculares é alta . Em 2023, mais de 165 brasileiros foram hospitalizados diariamente devido a doenças vasculares, o que torna ainda mais importante uma rotina de consultas médicas com um profissional indicado.
Para saber quais os sintomas, os grupos de risco, os principais tratamentos e dicas para a prevenção da Insuficiência Venosa Crônica, continue a leitura no blog do Dr. Fábio Rocha.
Geralmente, a Insuficiência Venosa Crônica se desenvolve de maneira lenta, mas os sinais aparecem cedo e muitas vezes são confundidos com cansaço ou inchaço comum. Identificá-los rapidamente é o que permite um tratamento mais eficaz.
Os principais sintomas são:
Esses sintomas variam em intensidade, mas mesmo os sinais leves já são um alerta para procurar um especialista.
Dados do centro médico acadêmico Cleveland Clinic mostram que a Insuficiência Venosa Crônica afeta cerca de 1 em cada 20 adultos, e é mais recorrente em pessoas com mais de 50 anos.
Isso acontece porque o envelhecimento natural compromete a eficiência do sistema circulatório. Outro aspecto relevante é a predisposição genética, ou seja, quem tem histórico familiar de problemas venosos deve redobrar a atenção.
Outras integrantes desse grupo de risco são mulheres e gestantes, já que quando o corpo passa por alterações hormonais e aumento da pressão nas veias.
Além delas, sobrepeso e obesidade também são fatores de risco importantes, visto que sobrecarregam a circulação e dificultam o retorno sanguíneo.
O histórico de trombose venosa profunda também pode desencadear a doença, assim como o sedentarismo, que favorece o acúmulo de sangue nas pernas em pessoas que passam longos períodos em pé ou sentadas.
O nome já diz tudo. Por ser uma doença crônica, essa condição não tem cura, mas pode ser controlada.
O objetivo do tratamento é melhorar o fluxo sanguíneo, reduzir o acúmulo nas pernas e amenizar os sintomas. Dessa forma, mesmo sem eliminar a doença por completo, é possível ter qualidade de vida e evitar que a condição avance para estágios mais graves.
Quanto mais cedo for diagnosticada, maiores são as chances de alcançar bons resultados com medidas preventivas.
A evolução da insuficiência venosa crônica é dividida em estágios que variam de 0 a 6. Essa classificação é baseada nos sinais observados pelo médico durante o exame clínico e pode ser complementada por exames de imagem, como o Doppler vascular.
Vamos entender mais sobre cada um deles:
Estágio 0: não há sinais visíveis, embora já possam existir sintomas como dor ou cansaço nas pernas;
Estágio 1: é caracterizado pelo aparecimento de pequenos vasinhos;
Estágio 2: surgem varizes com diâmetro de pelo menos três milímetros;
Estágio 3: é marcado pelo inchaço perceptível, ainda sem alterações na pele;
Estágio 4: aparecem mudanças na cor ou textura da pele;
Estágio 5: é caracterizado por úlcera cicatrizada;
Estágio 6: apresenta úlcera ativa.
O diagnóstico de insuficiência venosa crônica ocorre, geralmente, a partir do estágio 3. Mas ter varizes não necessariamente indica a presença da doença, embora sirva como alerta para dar mais atenção à saúde vascular.
Muitas pessoas confundem a insuficiência venosa crônica com as varizes, mas é importante compreender que não são a mesma condição.
As varizes correspondem a veias dilatadas e tortuosas que podem surgir por fatores genéticos, hormonais ou pelo esforço excessivo dos membros inferiores.
Já a IVC envolve uma falha no sistema venoso que provoca o acúmulo de sangue nas pernas, comprometendo a circulação de forma mais agravada.
Assim, enquanto as varizes podem ser um dos sintomas ou consequências da insuficiência venosa, nem todas as pessoas que apresentam varizes desenvolvem IVC.
Em geral, o tratamento para a IVC envolve mudanças no estilo de vida, como praticar atividades físicas regularmente, manter o peso corporal sob controle e evitar permanecer longos períodos em pé ou sentado. No entanto, cada caso tem suas particularidades e a avaliação e instrução médica pode variar conforme o estágio da doença.
Entre os recursos mais indicados estão o uso de meias de compressão, pois auxilia no retorno do sangue ao coração e alivia os sintomas.
Em outros casos, podem ser prescritos medicamentos que favorecem a circulação. Ainda, quando os métodos convencionais não são suficientes, o especialista pode recomendar procedimentos cirúrgicos ou técnicas minimamente invasivas para corrigir o problema.
Mas antes de chegar a esse ponto, é possível prevenir a doença. Adotar hábitos saudáveis, com uma alimentação diversificada e equilibrada, além da prática frequente de atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas é o mais importante.
Outra dica é estar sempre atento às mudanças no corpo e realizar consultas regulares com um especialista em angiologia ou cirurgia vascular são passos fundamentais para reduzir os riscos e garantir uma boa saúde venosa.
O cuidado com a saúde vascular é diário, e para os pacientes que já tem alguma condição particular, é preciso estar ainda mais vigilante.
O acompanhamento médico e uma rotina de exames clínicos é chave para prevenir o surgimento de novas doenças, e também o desenvolvimento delas.
Com atendimento na Clínica TAS, em Ribeirão Preto, o Dr. Fábio Rocha é cirurgião vascular, adepto do slow medicine, e referência no seu ramo. Agende uma consulta no link e priorize a sua saúde.
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