Veias, artérias e vasos sanguíneos formam o que se conhece por sistema circulatório do corpo humano. É por esses canais que o sangue chega em todos os órgãos do organismo e os alimenta com oxigênio e outros nutrientes.
Contudo, por vários motivos, esses canais podem ficar obstruídos. Uma das principais causas pode ser um coágulo, que além do incômodo, é perigoso e precisa ser tratado com um especialista.
Uma das formas de impedir que coágulos que se formam nos membros inferiores (pernas) cheguem a órgãos como pulmões e coração é o uso do filtro de veia cava.
Você já ouviu falar sobre o filtro? Caso não saiba ou ainda tenha dúvidas sobre o tema, este texto vai explicar tudo o que você precisa entender sobre essa aplicação!
Antes de saber o que é o filtro de veia cava, é preciso compreender o que é trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
A trombose venosa profunda (TVP) é a formação de coágulos dentro das veias profundas do paciente. Esses coágulos são chamados de trombos – daí o nome trombose. Eles normalmente surgem nas pernas (panturrilhas e coxas), mas podem aparcerem membros superiores (braços).
Quando esse coágulo, por algum motivo, se fragmenta em partes menores, essas partes são chamadas de êmbolos e podem ser transportadas pelo sangue até algum órgão, sendo os pulmões o ponto final do sistema venoso. Se esse êmbolo para em um dos pulmões, ele pode obstruir vasos sanguíneos e provocar a chamada embolia pulmonar.
A TVP e a embolia são normalmente tratadas com medicação anticoagulante, que deixa o sangue mais fluido e diminui a possibilidade da formação de trombos e êmbolos. Todavia, em alguns casos, é necessário a implantação do filtro de veia cava. Mas o que é isso?
Filtro de veia cava é um dispositivo de metal colocado dentro da veia cava do paciente. A função dele não é tratar a trombose, mas impedir, de forma mecânica, que os êmbolos (coágulos) cheguem aos pulmões e provoquem a embolia pulmonar. Funciona como um filtro de café que retém o pó e deixa o líquido passar. O filtro de veia cava retém a parte sólida (coágulos) e deixa apenas o sangue fluido passar.
O procedimento, que dura em média 30 minutos, é feito em centro cirúrgico. Usa-se anestesia local e sedativo para o paciente ficar confortável.
É feita uma punção na virilha ou no pescoço (o médico avalia qual melhor opção), e, com ajuda de um cateter, o filtro é guiado até o local em que será colocado.
Logo após a finalização do procedimento, é necessário repouso, sem movimentos na região da punção, para não haver sangramentos no local.
Enquanto a pessoa estiver com o filtro, é preciso utilizar medicação anticoagulante para evitar que se forme um novo coágulo ao redor do filtro.
Cada paciente é único e tem o seu próprio tempo de recuperação. A maioria dos filtros é retirada do organismo após um período que pode variar de 30 dias a um ano, por exemplo. Se a utilização dele for por um período muito prolongado, existe a chance de formação de um novo coágulo ao redor do filtro.
O processo de retirada é semelhante ao do implante, no qual é feita uma punção na virilha ou pescoço e o procedimento é realizado em centro cirúrgico com anestesia e sedação.
Durante todo o período em que o filtro fica no organismo, é preciso ter acompanhamento médico para que o profissional da saúde verifique se tudo está acontecendo conforme o esperado.
O implante do filtro de veia cava é indicado para pacientes que tenham trombose ou que apresentem algum quadro de embolia pulmonar. Também é recomendado para pessoas que apresentem algum problema com o medicamento anticoagulante.
Todo procedimento cirúrgico, por menos invasivo que seja, tem algum tipo de risco.
Após a implantação do filtro de veia cava, pode acontecer sangramento ou reação alérgica, por exemplo. Mas o médico saberá explicar melhor quais os riscos que realmente se aplicam a você, uma vez que o estado geral de saúde do paciente interfere muito.
Mas lembre-se: não é porque o risco existe que vai acontecer com você. É uma possibilidade e não uma certeza.
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