A preocupação com a saúde vem crescendo ao longo dos anos, principalmente em relação às doenças que podem afetar a circulação vascular.
Entre elas, destacam-se as doenças endócrinas, que podem comprometer diretamente a função dos vasos sanguíneos e levar a condições graves, como trombose e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Uma das doenças endócrinas que mais afetam os brasileiros é a diabetes mellitus. Segundo a pesquisa VIGITEL 2023, a prevalência de diagnóstico dessa comorbidade foi de 10,2% da população adulta.
De acordo com o Atlas de Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o sexto país com mais diabéticos no mundo, com 16,6 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos afetadas, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia.
A diabetes e outras condições endócrinas afetam a circulação vascular, podendo prejudicar a rotina dos pacientes e levar a complicações sérias.
Pensando nisso, o blog do Dr. Fábio Rocha preparou este conteúdo com informações sobre como algumas doenças endócrinas podem afetar a circulação vascular e de que forma esses riscos podem ser prevenidos. Continue a leitura para saber mais!
As doenças endócrinas são condições médicas que atingem as glândulas do sistema endócrino (como tireoide, pâncreas, hipotálamo, hipófise), responsáveis pela produção hormonal.
Elas se manifestam quando há desequilíbrio hormonal, seja por falta (hipofunção) ou por excesso (hiperfunção) de hormônios. Essa disfunção pode gerar problemas que afetam diversas funções do organismo, como crescimento, metabolismo, reprodução e até o humor.
Essas doenças podem ser provocadas por alterações na própria glândula ou por um desequilíbrio no eixo hipotálamo-hipófise, que regula os estímulos hormonais. Entre as doenças endócrinas estão:
As condições endócrinas podem comprometer a saúde vascular, afetando funções essenciais de circulação sanguínea e resultando em complicações graves. Quando não tratadas adequadamente, podem causar danos permanentes.
Confira como as doenças endócrinas afetam o sistema circulatório vascular.
Diabéticos podem ter a circulação comprometida principalmente devido à hiperglicemia (excesso de glicose no sangue), que inflama os vasos sanguíneos e causa o estreitamento e endurecimento das artérias, processo conhecido como aterosclerose.
A aterosclerose restringe o fluxo do sangue e eleva o risco de AVC, doenças cardíacas, danos aos pequenos vasos (microvasos) e doença arterial periférica nas pernas.
A obesidade é uma das principais causas de hipertensão arterial, pois o coração precisa bombear com mais força para vencer a resistência nos vasos e irrigar todo o corpo, sobrecarregando o sistema circulatório.
Pacientes obesos podem desenvolver doenças cardíacas (insuficiência cardíaca, infartos), AVC, problemas renais, coágulos e formação de placas de gordura.
O excesso de peso também compromete a circulação nas pernas, dificultando o retorno venoso. Isso pode causar varizes, inchaço, insuficiência venosa crônica (IVC) e até úlceras venosas em casos mais graves.
No hipotireoidismo, a produção reduzida dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) diminui o metabolismo basal. Isso leva a uma frequência cardíaca mais baixa (bradicardia) e a um ritmo circulatório mais lento, reduzindo o fluxo de sangue para os tecidos e órgãos.
A falta desses hormônios reduz também a produção de óxido nítrico, substância que ajuda na dilatação dos vasos. Como resultado, ocorre rigidez vascular e menor capacidade de adaptação da circulação, o que pode provocar pressão alta e má irrigação dos tecidos.
A lentidão da circulação e o acúmulo de líquidos nos tecidos podem causar edema, frio nas extremidades e formigamentos.
Já o excesso de T3 e T4 acelera o metabolismo celular e estimula intensamente o sistema cardiovascular, elevando o consumo de oxigênio e nutrientes pelos tecidos. Como resposta, o coração precisa bombear mais sangue, o que leva ao aumento do débito cardíaco e à circulação mais rápida.
Os vasos sanguíneos se dilatam para facilitar o aumento do fluxo sanguíneo, reduzindo a resistência vascular periférica, o que pode causar queda leve da pressão diastólica e sensação de calor e vermelhidão na pele.
Pacientes com hipertireoidismo podem desenvolver trombose, AVC e hipertensão sistólica isolada.
Na Síndrome de Cushing, o excesso de cortisol (hormônio do estresse) provoca várias alterações no sistema cardiovascular e nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de hipertensão arterial, aterosclerose e trombose.
A hipertensão é um dos sintomas mais comuns e ocorre porque o cortisol potencializa a ação vasoconstritora da angiotensina II e da noradrenalina, além de reduzir a produção de óxido nítrico, substância que relaxa os vasos. Isso provoca espessamento das paredes arteriais, perda de elasticidade vascular e pressão alta persistente.
O excesso de cortisol também altera a coagulação sanguínea, tornando o sangue mais viscoso e propenso à formação de coágulos, o que eleva o risco de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar.
Quem sofre com doenças endócrinas precisa dar atenção especial à saúde vascular, O recomendado é manter acompanhamento médico e adotar hábitos saudáveis.
Entre as principais medidas estão:
Essas ações são fundamentais para o controle dos riscos vasculares associados às doenças endócrinas.
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