AVC: conheça os tipos, sintomas e formas de prevenção

No Brasil, foram registradas em 2023, segundo o Portal da Transparência de Registros Civil, quase 89 mil mortes por acidente vascular cerebral (AVC). 

De acordo com a Organização Mundial do AVC, “um em cada quatro de nós terá um derrame durante a vida. 90% dos acidentes vasculares cerebrais poderiam ser evitados através da ação sobre um conjunto de fatores de risco controláveis, incluindo pressão arterial elevada, fibrilhação auricular (batimentos cardíacos irregulares), tabagismo, dieta e exercício”.

Existem dois tipos de AVCs, o hemorrágico e o isquêmico, que ocorrem por fatores diferentes. 

Neste texto, vamos mostrar as características de cada AVC, sintomas, causas e tratamentos. 

Tipos de AVC

Primeiramente, vamos entender o que é um acidente vascular cerebral. 

O AVC acontece quando algum vaso sanguíneo entope ou se rompe, deixando alguma parte do cérebro sem irrigação, paralisando a área afetada.

É mais comum acontecer nos homens, sendo uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. 

Como já dissemos anteriormente, existem dois tipos: o hemorrágico e o isquêmico. O Ministério da Saúde os define da seguinte forma:

Hemorrágico: ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia, que pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC isquêmico.

Isquêmico: ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas em uma pessoa que sofre um AVC são: dor de cabeça inesperada, sem uma causa aparente; alterações na visão (em um ou nos dois olhos), na fala, no equilíbrio (podendo ter tontura ou alteração no andar); confusão mental e fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, especialmente em um lado específico do corpo.

Fatores de risco

Independentemente se o AVC é hemorrágico ou isquêmico, os principais fatores de risco para o surgimento e avanço da doença, segundo o Ministério da Saúde, são: hipertensão; diabetes tipo 2; colesterol alto; sobrepeso; obesidade; tabagismo; uso excessivo de álcool; idade avançada; sedentarismo; uso de drogas ilícitas; histórico familiar e ser do sexo masculino.

Causas de cada tipo de AVC

AVC Hemorrágico

A principal causa desse tipo de AVC é a pressão arterial alta. Contudo, outros fatores devem ser considerados. São eles:

  • Hemofilia ou outros distúrbios de coagulação do sangue;
  • Ferimentos na cabeça ou no pescoço;
  • Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro;
  • Arritmias cardíacas;
  • Doenças das válvulas cardíacas;
  • Defeitos cardíacos congênitos;
  • Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), que pode ser provocada por infecções a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Infarto agudo do miocárdio.

AVC Isquêmico

Existem quatro subgrupos do AVC isquêmico e cada um tem a sua causa. Vejamos!

  • isquêmico aterotrombótico: acontece por doença que causa formação de placas nos vasos sanguíneos maiores (aterosclerose), provocando a oclusão do vaso sanguíneo ou formação de êmbolos;
  • isquêmico cardioembólico: ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do coração;
  • isquêmico de outra etiologia: é mais comum em pessoas jovens e pode estar relacionado a distúrbios de coagulação no sangue;
  • isquêmico criptogênico: ocorre quando a causa do AVC isquêmico não foi identificada, mesmo após investigação detalhada pela equipe médica.

Entenda como é o tratamento

Uma vez diagnosticado o AVC, o tratamento é feito por profissional capacitado em hospital. 

A reabilitação pode ser feita nos Centros Especializados em Reabilitação (CERS). A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar inclusive com medicamentos, devem ser prescritos por médico profissional e especialista, conforme cada caso.

Tem como prevenir?

Existem alguns fatores que podem contribuir para o surgimento de um AVC. Idade, raça, constituição genética e o sexo são os mais conhecidos. 

Entretanto, é importante evitar o fumo e bebidas alcoólicas, assim como não usar drogas ilícitas. 

Manter uma alimentação saudável e o peso dentro do ideal, beber água, praticar atividades físicas com regularidade também são atitudes que ajudam a minimizar o risco de um AVC.

Manter a pressão arterial sob controle assim como a glicose finalizam o pacote para manter o AVC um pouco mais distante de você. 

Visitar seu cirurgião vascular com regularidade ajuda a prevenir a doença.

 Manter os exames em dia com consultas de rotina contribuem para uma melhor qualidade de vida.

Se você quer marcar uma consulta para uma avaliação, estou pronto para lhe ajudar. Basta entrar em contato e agendar o seu atendimento. 

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