O edema linfático, ou linfedema, é o acúmulo do líquido, conhecido como linfa, nos vasos do sistema linfático do organismo. Com isso surgem inchaços (edemas) que podem incomodar o paciente.
Passar por um cirurgião vascular é o primeiro passo para fazer o diagnóstico correto e em seguida iniciar o tratamento para melhorar a qualidade de vida da pessoa que apresenta a doença.
Neste texto, você vai compreender o que é o linfedema, quais suas causas, sintomas e tratamentos.
O linfedema surge quando a linfa, que é constituída por água, glóbulos brancos do sangue, proteínas e gorduras filtradas dos vasos sanguíneos para os espaços entre as células, se acumula em alguma parte do corpo.
Esse acúmulo de linfa pode provocar inchaços e dores no local, alteração na textura da pele, formigamento, sensação de peso nos membros, dificuldade de movimento do local, provocando incômodos ao paciente.
É importante lembrar que a linfa é filtrada pelos linfonodos e é nesse momento que células cancerosas ou organismos infecciosos são removidos e destruídos. Se houver muitos desses organismos, os linfonodos podem ficar inchados.
Os linfonodos estão espalhados por todo o organismo, contudo se concentram em maior quantidade nas regiões do pescoço, axilas e virilha.
Existem dois tipos de linfedema: os primários e os secundários.
Linfedema primário: esse tipo de linfedema tem causas genéticas e acontece quando o sistema linfático do paciente não se desenvolveu de forma adequada. Isto quer dizer que há má formação das vias ou dos gânglios. Em algumas pessoas, ainda pode acontecer a ausência total dos vasos. Esse tipo de linfedema surge majoritariamente nas pernas e os primeiros sinais são inchaços nos pés. Com o passar do tempo, os sintomas tendem a piorar se não tratados corretamente.
Linfedema secundário: esse é o tipo mais comum e corresponde a cerca de 95% dos casos. Diferentemente do primário, o secundário surge ao longo da vida do paciente e é provocado normalmente por algum tipo de obstrução dos vasos linfáticos.
Procedimentos cirúrgicos, tumores, doenças inflamatórias e infecciosas também podem desencadear o linfedema secundário.
Algumas causas para o surgimento da doença são inflamações que podem favorecer a formação de linfa em um volume maior do que os vasos conseguem transportar. Infecções como erisipela podem causar lesões nos vasos linfáticos.
No caso de mastectomia, os gânglios linfáticos são retirados das axilas. Isso pode provocar linfedema no braço da paciente. Tumores cancerígenos malignos e lesões causadas por radiação nas paredes linfáticas também favorecem o aparecimento do linfedema secundário.
O cirurgião vascular é o médico responsável por fazer o diagnóstico de linfedema. Ele é feito baseado em sintomas narrados pelo paciente e por exames físicos.
Em alguns casos, exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância magnética são pedidos e ajudam a demarcar o local exato do bloqueio.
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), um exame complementar de medicina nuclear é, com frequência, solicitado para a avaliação funcional da circulação linfática.
Se houver suspeita de filaríase (infecção causada pelo parasita tropical Filaria) exames de detecção de parasitas também podem ser solicitados.
O diagnóstico, quando feito na fase mais inicial do linfedema, contribui para evitar a progressão da doença para as formas avançadas e limitantes.
Linfedema não tem cura, mas tem tratamento. Quando feito adequadamente, os sintomas melhoram e o paciente tem mais qualidade de vida.
Podem ser feitos exercícios para os membros afetados, drenagem linfática manual, uso de faixas ou meias de compressão e ainda massagem dos membros com meias ou mangas de compressão.
Em algumas situações, os linfedemas podem ser tratados com cirurgia para retirada dos
tecidos inchados.
Para não piorar os sintomas, o paciente com linfedema deve evitar calor, roupas apertadas
e exercícios vigorosos.
Ao perceber qualquer inchaço persistente no corpo procure um angiologista e cirurgião
vascular para fazer uma avaliação.
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