Se suas artérias de pequeno e médio calibre, de braços e pernas, sofrem com inflamação e consequentemente com obstrução, você pode estar com tromboangeíte obliterante, mais conhecida como Doença de Buerger.
Neste texto, vamos explicar quais são as causas, os sintomas e os tratamentos para essa enfermidade. Vamos nessa?
Esta é uma condição que acontece quase que exclusivamente com fumantes e ocorre mais em homens, contudo, tem se tornado cada vez mais comum entre as mulheres que fumam.
A causa da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que o cigarro é um fator de risco que agrava a enfermidade, pois o tabagismo provoca a contração das artérias, diminuindo o espaço por onde o sangue passa, podendo levar à obstrução total da artéria.
A tromboangeíte afeta principalmente as pernas, do joelho para baixo, e as mãos.
Os sintomas surgem de forma gradual e constante. Entre eles: sensação de frio, dormência, formigamento ou sensação de ardor e dor.
Essas sensações normalmente começam nas extremidades (pontas dos dedos) e vão avançando para mãos e pés. As pernas são atingidas com mais frequência do que os braços.
As alterações no corpo podem ser sentidas antes mesmo do médico perceber qualquer sinal de isquemia ou gangrena. Podem também surgir claudicações intermitentes (dores intensas parecidas com cãimbras e fisgadas ao praticar exercícios como caminhadas).
Com o avanço da doença, as cãimbras ficam mais intensas e duram por mais tempo. Se não tratada a tempo, a Doença de Buerger pode levar ao surgimento de úlceras na pele ou gangrena. Os membros afetados podem ficar com a sensação de frieza ou ainda desenvolver cianose (quando apresentam tons azulados). Tudo porque o fluxo de sangue é diminuído na região.
O cirurgião vascular e angiologista fará uma avaliação médica e pode pedir uma angiografia (exame utilizado para visualizar os vasos sanguíneos), para ajudar a detectar algum estreitamento nas artérias. Em muitas pessoas, a pulsação fica fraca ou até mesmo ausente.
A ultrassonografia ajuda a detectar uma redução considerável da pressão arterial e do fluxo de sangue nos membros afetados. Exames de sangue e de imagem podem ser pedidos para descartar outras doenças.
Em alguns casos, o médico pode coletar uma amostra da artéria afetada para fazer uma biópsia.
Como a doença piora com o tabagismo, parar de fumar é o primeiro passo para o tratamento. Se o paciente insistir com o hábito, os sintomas podem se agravar. Em casos extremamente graves, a amputação pode acontecer.
O médico pode indicar ao paciente o uso de medicamentos e até cirurgia.
É importante que o paciente não fique exposto a temperaturas muito baixas. Isso porque o frio faz com que os vasos sanguíneos fiquem contraídos.
Também é fundamental que o paciente evite lesões nos braços ou pernas afetados pela doença.
Se você está com algum sintoma da Doença de Buerger, pode marcar uma consulta com o angiologista e cirurgião vascular Fábio Rocha. Para agendar, clique aqui.
Fábio Rocha segue a linha da slow medicine com seus pacientes. É graduado em Medicina pela USP (Universidade de São Paulo / Ribeirão Preto) com residência médica em Cirurgia Geral, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
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