O Brasil tem mostrado recentemente um quadro preocupante de casos de trombose. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular em conjunto com o Ministério da Saúde, o país conta com uma média de 165 internações diárias.
Essa condição costuma ocorrer por múltiplos fatores como genética e hábitos do dia a dia. Além disso, passar um período prolongado em uma mesma posição, como no caso de pacientes que passam por cirurgias, pode ter também influência.
Confira algumas atitudes que ajudam pacientes de pós-operatório a minimizar o risco de desenvolver a trombose.
A trombose venosa profunda (TVP) ocorre quando há uma formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região.
Isso pode ser extremamente perigoso, pois, se esses coágulos se soltarem e viajarem pela corrente sanguínea, podem levar a complicações graves como a embolia pulmonar.
Dependendo do tamanho do coágulo que obstrui a circulação, pode ocasionar um quadro grave de insuficiência respiratória e até levar à morte.
A trombose pode ser classificada em aguda ou crônica. No primeiro caso, muitas das vezes, a condição é solucionada naturalmente pelo próprio corpo, sem deixar sequelas ou evoluir para casos mais graves.
Já a trombose crônica ocorre quando, durante o processo de dissolução do coágulo natural, ficam sequelas no interior das veias, destruindo as estruturas das válvulas. Por conta dessas alterações, o retorno do sangue fica prejudicado e pode levar a complicações.
A trombose pode ser absolutamente assintomática. Quando presente, os principais sintomas são:
A trombose é um risco para pacientes no pós-operatório de qualquer cirurgia que leva à imobilidade por tempo prolongado. Esse tipo de situação induz à chamada “estase venosa”, que deixa a circulação mais lentificada, uma vez que não há bombeamento da musculatura da panturrilha.
Algumas estratégias indicadas por médicos podem ser adotadas para diminuir a possibilidade de complicações após procedimentos cirúrgicos. Veja algumas delas:
Também conhecidas como “antitrombo”, as meias de compressão podem ser indicadas pelo médico antes mesmo da cirurgia para estimular a movimentação sanguínea dos membros inferiores.
Ela deve ser usada até a movimentação do paciente retornar ao normal e até que as caminhadas possam ser realizadas de forma gradativa.
A elevação de membros inferiores durante o repouso facilita o processo de retorno do sangue para o coração, impedindo a formação de coágulos. Outra indicação dos médicos é fazer o movimento de “pisar no acelerador” com os pés pelo menos duas vezes ao dia.
Em procedimentos mais complexos que exigem períodos mais extensos de recuperação, pode ser que o médico responsável prescreva medicamentos anticoagulantes.
Esses medicamentos atuam na prevenção da formação de coágulos, mas também estimulando o fluxo sanguíneo a fluir normalmente.
Manter-se hidratado é essencial em todos os momentos da vida e no pós-operatório não é diferente. A água auxilia na fluidez do sangue pelo corpo e pode diminuir as chances de surgimento de coágulos.
As massagens localizadas ajudam a diminuir o inchaço e a aliviar o desconforto pós-cirúrgico. No entanto, é imprescindível realizar as sessões em locais profissionais, que ofereçam segurança para não criar complicações na região tratada.
O tabaco, a nicotina e outras substâncias do cigarro são prejudiciais para a saúde vascular. O vício deve ser interrompido antes de qualquer cirurgia, já que o dano pode incentivar a formação de coágulos.
Da mesma forma, durante e após o período de recuperação é essencial não retomar esse hábito, já que além da saúde vascular, traz prejuízos para todo o organismo.
Caso você tenha notado algum sintoma referente à trombose, não hesite em procurar ajuda médica.
Sou formado em medicina pela USP, com especialização em angiologia e cirurgia vascular. Atualmente eu atendo no meu consultório localizado em Ribeirão Preto-SP.
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